terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eu por mim mesmo

Detesto sensacionalismo, ironia faz parte de mim, não suporto cinismo, viajo de um extremo a outro em segundos, não desisto fácil, amo intensamente, desconfio de forma mais intensa ainda. Gosto de teatro, arte e rock’n’roll. Ignoro o que merece ser ignorado. Respondo ao que deve ser respondido. Penso muito antes de agir, e comigo, a razão está sempre acima da emoção. Tento não ser cético, e unanimidade não me atrai, imposições me irritam apesar de ter que conviver com algumas delas. Sou capitalista, comunismo é hipocrisia na sociedade em que vivemos. Viro as costas para o que não quero ver, não nego. Não sou fanático por nada. Frustração é o pior que eu posso sentir. Prefiro não opinar sobre sorte, destino e coincidência. Fugir da realidade é bom, mas por pouco tempo, pois quanto mais tempo se fica na ilusão mais dolorosa é à volta para o mundo real. Meus heróis são pessoas reais das quais eu acredito conhecer, me decepcionam de vez em quando porque são seres humanos e não personagens criados para serem perfeitos. Considero-me sofista em vários aspectos, pelo menos tento ser, tento olhar tudo pelos dois lados, realmente acredito que tudo é relativo. Mudo muito, mas não por completo, lá no fundo sempre há algo imutável. Sou complicado, complexo, confuso, difícil de entender, nem eu me entendo. Não dou total confiança pra ninguém, nem pra mim. Ideias alheias me inspiram. Quando afirmo alguma coisa costumo estar certo, só falo sobre o que domino, sou muito precavido quanto a isso. Pessimismo é um dos meus defeitos ou talvez qualidades, é que prefiro não cair do cavalo. Não espero nada em troca, é frustrante. Apego-me facilmente, mas quando é preciso nem sempre é difícil o desapego. Não sei se algum dia amarei eternamente, não sei nem se acredito nisso. Não sei ou não tenho opinião formada sobre muitas coisas. Posso passar horas discutindo política e defendendo meus ideais. O pensamento é o melhor alimento, e o sentimento é mais bem interpretado quando se pensa muito. Clarear o que era obscuro me excita. Prefiro não argumentar com alienados, são causa perdida. E pessoas com argumentos vulgares ou ilógicos perdem a credibilidade comigo. Livros me sugam para dentro deles, e eu os engulo. No fundo, as pessoas são tudo que eu tenho, ou o que eu preciso ter. Assim eu sou, assim eu gosto de ser.

3 comentários:

  1. Hm. Somos parecidos em alguns (muitos) pontos.

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  2. Vc é incrivelmente talentoso para descrever a si mesmo... Espero q vc nunca me descreva... rs

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