domingo, 16 de janeiro de 2011

novos dias

"O sol se põe se vai

E após se pôr

O sol renasce no Japão"

Amanhã é um novo dia, e ás vezes, nós achamos que sabemos tudo sobre ele. Bem, nós não sabemos nada. Angustiante? Muito! 
Quando hoje é um dia triste, esperamos que amanhã seja, pelo menos, melhor. E quando hoje é um bom dia, esperamos que o próximo seja tão bom quanto. Porém, a verdade é que só podemos esperar. 
Cada nascer do sol, significa uma nova batalha, e por mais que a vida seja o maior de todos os presentes, ela não é fácil, e apesar de demorarmos nove meses para adentrar nesse mundo, podemos sair dele em um piscar de olhos.  
Nós humanos costumamos nos superestimar demais, quando na verdade somos apenas simples seres que não sabem de nada e que não tem controle algum sobre o que nos aguarda.
É fácil dizer "bola pra frente", ouvir, nem tanto, porém, necessário. Superar e aceitar perdas irreversíveis como a morte, são os desafios que temos que enfrentar. Em algum momento nós superamos, a vida sempre vai continuar e o mundo, cruelmente, vai continuar girando . Já aceitar, é complicado. "Era pra ser." Isso não existe, é o tipo de coisa que não dá pra aceitar, no entanto, ainda assim, a vida continua. Agora, o que podemos e devemos aceitar é: Nós nunca vamos mudar o que já foi, o leite que já foi derramado.
Hoje é um dia de luto, mas amanhã é um novo dia. Desse dia que vem, eu espero o melhor, eu só espero. 

É preciso realmente viver, para se estar vivo. Carpe diem.

2 comentários:

  1. A felicidade reside em quem sabe desfrutar de cada momento da vida. Valorize seus desejos, cultive seus sonhos, busque seus objetivos. Quando acreditamos que merecemos, tudo é possível. Carpe Diem...

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  2. No comecinho da ode do tão citado "carpe diem", Horácio sentencia à Leuconoe (a destinatária do poema), depois de recomendar que não se deve questionar acerca do amanhã: quão melhor é experimentar/sentir/passar por/suportar/sofrer o que quer que venha a ser, enfim, quão melhor enfrentar o que será ("ut melius quicquid erit pati!").

    Num outro texto, numa carta a um amigo (provavelmente também poeta como ele), Horácio recomenda, quase no mesmo tom, como se deve viver cada momento: Entre esperança e preocupação, entre temores e iras, crê que todo dia raiou para ti como o último. Aí ele lapida uma de suas célebre sentenças, numa expressão bem próxima (filosoficamente) da recomendação do "carpe diem", porém num misto de conclusão e explicação: Grata/Feliz sobrevirá a hora/o momento que não é esperada/o ("grata superueniet quae non sperabitur hora").

    Então, se "amanhã é (mesmo?) um novo dia" e "não sabemos nada" do que vai acontecer, deixe esse "angustiante (muito!)" para lá e lembre-se que o que nos cabe (e é só isso...) é viver e aproveitar apenas o agora: o "há pouco" já escorreu pelos dedos e o "amanhã" não nos pertence. Restou-nos (só?) o tal presente...

    Abraço!

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