quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Pessoas
Eu tenho essa imensa necessidade de indivíduos ao meu redor, pode até parecer que não, apesar de toda minha racionalidade, eu preciso deles e eu amo tê-los. Sim, eu amo. As pessoas são o motivo de toda minha nostalgia, minha saudade, as interações humanas fazem de mim o que eu sou. Eu não amo lugares, eu amo as pessoas que estão naqueles lugares. O problema, e o meu medo, é acumular pessoas demais, e chegar a um ponto em que corre-se o risco de se encontrar entre uma multidão delas e se sentir tão sozinho como se estivesse em uma sala vazia, sentir-se vazio. Eu já me senti lá, não sei se eu estive, mas senti como se estivesse. É como nao fazer parte de nada, nem ter construído nada, como se todo o seu tempo tivesse sido em vão. Por isso hoje eu me apego a aqueles que eu sei que tenho, e eu sei o quanto os seres humanos são complexos, difícil consegui-los e tão fácil perdê-los.
There are places I remember all my life,Though some have changed,Some forever, not for better,Some have gone and some remain.
All these places had their momentsWith lovers and friends I still can recall.Some are dead and some are living.In my life I've loved them all.
http://www.youtube.com/watch?v=tNNOG2WshQ8 e http://www.youtube.com/watch?v=OZvxAWG_4-I
sábado, 20 de novembro de 2010
Um fim
I'm too young to pretend
It’s such a waste,
to always look behind you
You should be lookin’ straight ahead
you think about if you're gonna,
get yourself together
You should be happy just to be alive
And just because,
you just don’t feel like, coming home,
don’t mean that you'll never arrive
terça-feira, 9 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Nostálgico pelo o que ainda não é
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Lembranças
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Devaneios
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
I miss their faces
You can't erase
You can't replace it
I can't believe it
So hard to stay
Too hard to leave it
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
então me diz, o que é que eu tenho?
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
lixão a céu aberto
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
They can tell what he wants to do
And he never shows his feelings
But the fool on the hill
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around
Round and round and round
He never listens to them
He knows that they're the fools
The don't like him
But the fool on the hill
Sees the sun going down
And the eyes in his head
See the world spinning around.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Concrete Jungle
terça-feira, 29 de junho de 2010
All Fall Down
Step out the door and it feels like rain
That's the sound, that's the sound, on your window pane
Take to the streets but you can't ignore
That's the sound, that's the sound, you're waiting for
If ever your world starts crashing down
Whenever your world starts crashing down
Whenever your world starts crashing down
Everyone's the same
My fingers to I toes
We just can't get a ride
But we're on the road
Yeah, lost 'till you found
Swim 'till you drown
Know that we all fall down
Love 'till you hate
Jump 'till you break
Know that we all fall down
(One Republic - All Fall Down)
sexta-feira, 25 de junho de 2010
ah, e esse tempo?
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Momentos
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Amigo estou aqui
Os outros podem ser até bem melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém, amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração (viu?)
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
Às três palavras que eu proferi
Amigo estou aqui
(Disney)
sábado, 12 de junho de 2010
(500) Days of... her;
domingo, 30 de maio de 2010
A procura da felicidade
Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz
Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz
O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.
Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz
E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz
(Fotografia - Leoni)
domingo, 16 de maio de 2010
Let it be, let it be.
domingo, 2 de maio de 2010
Cada um tem a sua Alice
A história de “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carroll sempre me fascinou, desde que ganhei o livro quando tinha por volta de 7/8 anos do meu irmão mais velho. Li e reli o livro inúmeras vezes, sonhei em ser Alice e muitas vezes discuti com o Gato de Cheshire sobre os caminhos de minha vida, os caminhos que devemos tomar quando não sabemos aonde queremos ir...
Depois de muito ler Alice, já adulta, concluí que a história era uma metáfora de como uma criança se sente ao chegar à escola: caindo em um buraco sem fim, chegando a um lugar onde há portas grandes e pequenas, vivendo determinadas situações nas quais ela deve ser “gente grande” e outras nas quais deve ser “gente pequena”, devendo acreditar que animais e plantas se comunicam e ir além, devendo conversar com animais e plantas, mas também tendo obrigação de obedecer regras de pessoas malucas e outras nem tanto e – por fim – tendo sempre um coelho branco a lhe dizer: está ficando tarde, muito tarde e você está sempre atrasada!
Agora chega Tim Burton com uma metáfora da metáfora e nos apresenta um país das maravilhas totalmente delirante (mais para o sentido de apaixonante do que para o de desvario), como uma alucinação hipnagógica, sabe daquelas quando estamos acordando de um sonho e ainda não temos a total dimensão da realidade e da fantasia? Pois bem, assim é “Alice in Wonderland” de Tim Burton, bem longe do que Lewis Carrol escreveu, mas nem por isso ruim. Ou talvez justamente ruim porque se afastou muito da metáfora que eu acreditei durante toda minha vida.
Em certo ponto do filme, comentei com meu filho “Acho que todos nessa wonderland consomem drogas deliberadamente para poder suportar a realidade do submundo”. Mas, apesar de tudo, eu gostei do filme, podem acreditar. Não foi a Alice dos meus sonhos, mas foi a dos sonhos dele!
sábado, 1 de maio de 2010
Prefácio ou Prólogo? Capítulo 1 talvez...
You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know
Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me
I don't want to leave her now
You know I believe and how
(The Beatles - "Something")
terça-feira, 27 de abril de 2010
Quando os filhos partem...
por Marilda Piccolo
Nunca se sabe quando os filhos vão embora, mas os pais sempre vão achar que é cedo demais. Por mais que você (como mãe ou pai) tenha lido trezentas e quarenta e sete vezes o poema de Kahlil Gibran (“Teus filhos não são teus filhos, são filhos e filhas do apelo da vida...”), por mais que você tenha se convencido ao longo da existência daquelas criaturas de que eles iriam partir: sempre é muito cedo.
Os filhos partem por muitos motivos: para estudar, casar, trabalhar, explorar cavernas, escalar montanhas, mergulhar em mares nunca dantes navegados... eles põem-se a caminho porque têm um mundo de coisas a fazer, de forma que sobra pouco tempo para repararem em nós. E não o fazem para nos ferir, na verdade, se querem nos ferir partir é a menor das armas. Eles têm que partir assim como a água de um rio corre, porém há sempre rios de águas frias/congelantes e rios de águas amenas.
É preciso aceitar a partida, porém sempre se fica com o coração na boca, mas a vida na terra não tem como prosseguir sem os rios que correm e os filhos que partem. Mas eles (e todos os filhos que já deixaram a casa dos pais, inclusive eu) precisam saber que depois que saem a casa fica com estranhos movimentos subterrâneos, às vezes cóleras vêm ter conosco e ainda há vezes como se austeros seres extra-terrestres ou inumanos viessem nos arrancar as declarações mais inconfessáveis.
A partir do dia da partida de cada um dos filhos, vive-se com um nó na garganta, ou melhor, com aquela sensação de falta de fôlego como quando se corre muito e de repente se pára, bruscamente.
Mas há o lado bom dos filhos partirem, você os vê grandes, crescendo na vida... Se partem é porque você lhes deu as penas das asas necessárias ao vôo, você lhes mostrou que há um céu, que nele há nuvens... Você lhes fez ver as lonjuras, você os desafiou às funduras, você lhes ensinou as regras e até mesmo como desrespeitá-las.
E o melhor dos filhos partirem é que eles voltam, em visitas rápidas, para comer aquele bolo que só você sabe fazer, para passar a madrugada conversando ou para buscar a mesada... Mas eles voltam, ah, voltam!
quinta-feira, 22 de abril de 2010
it might change some when, but an end? there's no end!
But we never knew when, and we never knew how
We would end up where we are
Yeah we knew we had to leave this town
But we never knew when, and we never knew how
Never knew anything
domingo, 18 de abril de 2010
Família
"Quando nada mais importa, descobrimos o valor que damos a cada coisa, o sentido exato daquela caixa de música ou da lembrança mais remota da infância, que teima em voltar cada vez mais nítida." (Monique Revillion)
Era manhã quando recebi aquele telegrama, que fez eu me sentir de maneira inexplicável, não foi um bom sentimento. Ele dizia: “Edu, eu sei que você está distante, e que provavelmente você não está interessado em ver todos de novo, mas a Tia Maria está no leito de morte, e não para de falar de você. Eu sei que é pedir muito, porém, por favor, venha! Com carinho, sua prima Ju.” Num ato impensado e mal calculado, eu fui.
Eu havia me acostumado a ser sozinho, ter apenas minhas fotografias, meus hábitos e minha cultura, nada mais, e tive medo de ir e me desacostumar.
Durante o vôo, tudo começou a voltar na minha mente, às lembranças da infância, a casa na árvore, minha adolescência, e os motivos pelos quais eu me afastei tanto após a faculdade. Eu não suportava mais toda a intromissão dos irmãos e sobrinhos do meu pai, e não eram poucos. Com eles tudo sempre foi muito complicado, e eu acho que minha presença nunca fez diferença, talvez porque eu fosse o deslocado, como a ovelha negra. Um dia eu fui embora pensando em nunca mais voltar, e me afastei.
Cheguei à cidade, pouco havia mudado, ao atravessar aquelas avenidas cheias de palmeiras, e passar por aquelas quadras, eu não pude evitar, eu me lembrei de toda a minha vida naquele lugar, e lutei para conseguir ficar firme. Desci na casa da minha tia, hesitei antes de tocar aquela campainha antiquada que eu sempre adorei, até que eu toquei.
Minha prima atendeu a porta, e eu não posso descrever o olhar dela ao me rever, seus olhos brilhavam, ela me deu um abraço forte, e assim foi com os outros que estavam lá, enquanto eu atravessava o corredor eu fui recebendo carinhos sem palavras, meu coração já não cabia dentro do meu peito. Fui até a cama onde minha tia estava, e disse: “Oi tia!” Ela ficou me encarando maravilhada e respondeu: “Oi monstro!” Me deu um abraço e se foi, partiu. O meu apelido de infância foi a última coisa que ela disse.
No final das contas, todos eles estavam lá para me amparar, e a minha presença fez diferença para a minha família. Mas, a realidade cai de volta sobre nós, como uma bola de neve numa avalanche, novamente, eu tive que ir embora.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
(already) missing it, like hell
terça-feira, 9 de março de 2010
In my life
There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.
But of all these friends and lovers,
There is no one compares with you,
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new.
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
(The Beatles - In my life)
sexta-feira, 5 de março de 2010
saudade
Estou sentindo a falta de todos os que estão longe, a cada dia mais e mais do que nunca. Rever as fotos, cartas e tudo o que me faz recordar é um mix de sentimentos intensificados, felicidade, saudade, tristeza, saudade, amor, saudade. Basicamente, tudo é só saudade.
Tenho medo de poucas coisas, mas, confesso que o futuro, essa interrogação sem resposta, me assusta. Assusta-me porque eu sinceramente não sei, e não saber, me é quase insuportável. Eu não tenho idéia de onde eu vou estar ou o que eu estarei fazendo, e principalmente, quem eu ainda terei. Eu queria ter todos pra sempre, porém, alguns ou a maioria só vão ficar nas fotos, no pensamento e nas lembranças de um verão qualquer.
Bem que eu queria deixar toda a nostalgia e o saudosismo de lado, só que eu sou assim, um ser nostálgico, saudoso. No entanto, a racionalidade é o que me mantém erguido.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
It's time to... change
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Estou no século XXI, e o que antes me preocuparia já não me preocupa mais. Antigamente eu me preocuparia com o amor ou a falta dele, não mais, pois foi banalizado. Não só o amor, também a morte, o sofrimento, a fome e tantos outros, todos esses nós preferimos esquecer.
Mas, por mais que eu tente esquecer, algumas coisas ainda me assustam. Assusta-me os seres, que teoricamente deveriam ser racionais, darem mais importância a uma crise financeira do que a uma tragédia que matou milhares, nenhuma nação doou bilhões de dólares ao Haiti como fizeram pelos bancos que estavam à beira da falência, nem a imprensa deu tanta atenção para as tragédias.
Preocupam-me como alguns transformam vidas de pessoas em peças de um jogo de xadrez, peças essas que serão manipuladas, e quando abatidas vão para o esquecimento. Fico estupefato com a frieza que é o nosso individualismo, a forma como viramos as costas para os nossos descendentes inocentes que enfrentarão um mundo quente e a beira do fim.
Dá-me medo a forma como estamos paralisados em frente de tanta coisa vergonhosa, como robôs sem bateria, somos humanos preguiçosos. Eu e outros bilhões de pessoas tentamos esquecer os problemas que assolam o mundo, quando na verdade deveríamos lutar para resolvê-los, isso me assusta. E como mostraria Durkheim, o fato social patológico se tornou um fato social normal.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
2010? é indefinido
A sensação é a mesma de um ano atrás, novamente é como se eu tivesse acabado de chegar, só que dessa vez tenho experiência e segurança para estar aqui, não é mais um tiro pro alto, é certeiro. Só espero não perder tudo o que novamente estou deixando para trás, pode ser egoísmo, mas os quero sempre lá, aguardando por minha breve volta. Serei sempre um saudosista, sentir a falta é inevitável, só devo ser mais forte para aguentar visitas mais rareadas e para suportar momentos de solidão.
Desse ano eu não espero nada, na verdade não espero nada de nada, superestimar o futuro é uma grande besteira, pois muitas vezes ele nos frustra.