sábado, 29 de agosto de 2009

a year ago

"I miss that town

I can't believe it

So hard to stay

Too hard to leave it


If I could I relive those days

I know the one thing that would never change"

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Velha Infância

FAZENDA DO VOVÔ

Na janela do meu quarto estava escorrendo a água da chuva, e além de água ela me trouxe lembranças, várias lembranças. Algumas lembranças um tanto quanto vagas e embaçadas, outras bem nítidas, lembranças do tempo em que eu tomava banho de chuva na rua e na fazenda, lembranças do meu tempo de criança. Nesse tempo eu era bem família, tinha os coleguinhas da escola, mas meus amigos de verdade eram apenas os meus primos que não são poucos, hoje são mais de 15, mas, na fase a qual eu me refiro éramos apenas oito.
Oito crianças, uns mais velhos, outros bem pequenos, eu era o único no meio.

E como nós aprontamos! Na fazenda do vovô, nós tentamos de tudo pra construir uma casa na árvore, mas no final só conseguimos um tablado de madeira podre, dirigimos o trator, fomos ameaçados de ser capados, tomamos banho no lago, andamos a cavalo, todos nós aprendemos a dirigir lá, foi a minha infância. Somos grandes amigos e cúmplices até hoje, uns mais do que outros, e nos amamos.

Voltando ao assunto ser criança, como eu sinto falta dessa fase, eu não tinha nenhuma preocupação, meus únicos medos eram do bicho papão (que eu tenho certeza, dormia escondido debaixo da minha cama!), ficar sozinho em casa e coisas do tipo, mas de uma coisa eu lembro, eu sempre fui doido pra crescer, sou até hoje. E se eu pudesse me encontrar pequeno eu me daria o conselho que todos sempre deram (e que me deixava morrendo de raiva, pra mim aquilo era um verdadeiro absurdo), eu diria “aproveita essa fase, não fica com vontade de crescer não, tudo tem sua hora”. Talvez eu desse ouvidos a mim mesmo, não que eu não tenha aproveitado, mas sempre acho que poderia ter aproveitado mais. E também, não que hoje esteja ruim, hoje está ótimo, mas agora tenho problemas mais sérios para lidar, medos e responsabilidades muito mais importantes do que as antigas, e isso daqui pra frente, só piora.

Foi uma fase belíssima da minha vida, da qual eu não pretendo esquecer nunca, fiz coisas que hoje eu não posso fazer mais, porém eu fiz!

"E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância..."
(Tribalhistas - Velha Infância)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ensaio sobre o fim de uma história de amor


Era uma tarde de sábado, combinaram de tomar um sorvete. Os dois sabiam o que estava por vir, não gostavam do que estava prestes a acontecer, porém a razão lhes dizia que era o certo a se fazer, aquilo já havia se prolongado por tempo demais.
Os dois se encontraram, se cumprimentaram com um beijo nos lábios como nos tempos de namoro. Dividiram uma tigela de sorvete, deram risadas tristes, adiaram ao máximo a conversa séria, mas chegou uma hora que não deu mais. Pela primeira vez naquela tarde se olharam nos olhos, e após tanto tempo juntos as palavras já eram desnecessárias.
Eles não iriam mais se ver, e se falar por um bom tempo, iriam parar de olhar as fotos e de escreverem aquelas coisas lindas que costumavam escrever um para o outro, não estavam tentando esquecer ou parar de amar, o que é impossível no caso dos dois, eles só estavam se desligando, pois junto da distância veio a saudade e esse sentimento os consumia já que mesmo longe um do outro estavam a cada dia mais apaixonados.
No dia em que completar um ano da noite mais bela de suas vidas, sentirão necessidade de se falar, e o vão fazê-lo, mas após isso, pronto, irão cortar as ligações.
Voltavam para casa caminhando de mãos dadas até que chegaram ao cruzamento aonde cada um vai a uma direção. Beijaram-se demoradamente, foi o mais intenso e triste de todos, ele sentiu as lágrimas dela tocando os seus lábios, o beijo acabou, então ela o olhou e viu que também ele estava chorando, se espantou e disse:
_ Você nunca se permitiu chorar na minha frente, então porque o faz agora?
_ Choro, pois pela primeira vez, meu coração sente que é realmente o fim.
Não havia mais o que dizer, cada um seguiu seu caminho, literalmente e figuradamente, seguiram chorando e lembrando-se de tudo.
Talvez um dia se reencontrem, talvez se casem, talvez se cruzem e apenas sorriam embaraçosamente, talvez nunca mais se falem, talvez...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

'orkutcídio'


Eu tinha Orkut desde 2005, eu estava apenas com 11 anos de idade quando criei o meu, e lembro que ninguém tinha, passei o maior tempão com cinco amigos.

Amadurecemos juntos, o Orkut e eu, no começo só existia a versão em inglês, e a capacidade era apenas pra 12 fotos, não se tinha álbuns, não existiam os aplicativos e milhares de outras pequenas coisas que com o tempo ele foi adquirindo, e eu testemunhei tudo isso.

Agora, falando de mim. Eu já fiz de tudo nesse Orkut, a maioria das coisas eu preferiria esquecer se fosse possível, colocar numa penseira se ela existisse, dentre essas coisas estão todas as fotos absurdamente ridículas que eu coloquei lá pra todo mundo ver, os depoimentos do tipo que eu prefiro nem comentar, entrei em comunidades que merecem um ‘what a fuck is that’, sem contar as brigas infantis que me levaram a ignorar amigos ou até mesmo excluí-los. Em seguida se vive a fase em que você é mais maduro, suas fotos são legais, exclui-se as comunidades, você deleta os amigos com quem não tem contato, pois a coisa se inverte, agora quanto menos amigos você tiver mais ‘in’ você é, seus depoimentos passam a ser para pessoas mais selecionados e para as que de fato os merecem, enfim todo o Orkut fica mais agradável e menos vergonhoso.
Chega uma fase onde o Orkut te cansa mais do que te anima, passa a ter mais ônus do que bônus, e é ai quando você resolve excluí-lo, talvez um dia faça outro ou nunca mais o tenha, muda para outro site de relacionamento, pois tudo na vida esta em constante mudança, uma hora você gosta e em outra não, se perde e se ganha, e é assim que é.

Essa última fase chegou pra mim.
-
"The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say"
(Scorpions - Wind of Change)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

geração 'rock in rio'

Por Marilda Piccolo


Meu filho e eu sempre tivemos uma sintonia cósmica, de feelings. Esses dias, enquanto eu lia “Para sempre teu, Caio F.: cartas, conversas e memórias de Caio Fernando Abreu”, escrito por Paula Dip, eu pensava ‘É preciso escrever para não esquecer’, preciso escrever tanta coisa... Mas a vida corrida de professora, educadora e outras coisitas mais não me deixam tempo pra isso e também falta disciplina para um blog. Então durante uma das tantas viagens minhas a trabalho o Oswaldo liga e diz: “Mãe, criei um blog, vê lá...” e era tudo que eu pensara... e logo me ofereci para escrever (ele teve que aceitar, fazer o que, né?). Por isso vou contar umas coisas que vocês precisam saber, pois afinal minha geração abriu caminho para a de vocês, transformando comportamentos lingüísticos, tecnológicos e corporais. Vou aproveitar algumas lembranças da Paula Dip e falar sobre gírias.

Nas décadas de 80 e 90 (século passado) purfas era alguém que estava por fora de tudo ou de algum assunto específico, e ainda sinalizávamos com a mão juntando todos os dedos e deixando o dedão (polegar) afastado dos demais dedos unidos. Namoro sem compromisso, que hoje vocês chamam de ficar, para nós era amizade colorida. Para distraído dizíamos desligado; fazer a cabeça era convencer uma pessoa a pensar da forma que você pensava; quando falávamos que alguém era do babado significava que era ou da pá virada ou homossexual... Chocante era ótimo; fofa era uma mulher interessante; estar numa boa era estar feliz; pacas era igual muito; e quando falávamos que o John Travolta era um pão significava, vocês sabem, que ele era lindo. Duca significava muito bom, por exemplo: aquele filme é du cara*..., então duca! Picas significava nada. Dar uma esticada era ir a muitos lugares em uma noite só, e não um alongamento.

É realmente é preciso escrever para não esquecer, por isso ninguém melhor do que Clarice Lispector para ensinar: “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”
Até a próxima.


"Foxy, Foxy
You know you are a cute little heart breaker
Foxy, yeah,
And you know you are a sweet little lover maker
Foxy

I wanna take you home, haha, yeah
I won't do you no harm
You've got to be all mine, all mine
ooh Foxy Lady
Foxy, Foxy"

Jimi Hendrix

domingo, 23 de agosto de 2009

'fim dos tempos'


Hoje o dia esta definitivamente não normal, choveu uns cinco minutos, mas com a presença de sol, e agora ta frio e o céu ta com uma cor estranha, a cidade toda esta dominada por essa tonalidade. Conversando com minha mãe eu disse que esse dia ta com cara de ‘fim do mundo’, tipo, o último dia das nossas vidas.

Esse tema é complicado, é difícil pensar que um dia de repente tudo vai acabar, nós vamos acabar. Eu me recordo que na última virada de milênio, e é claro a única que eu presenciei (não sou um vampiro), eu tinha apenas seis anos de idade e tava com muito medo, porque todo mundo ficava falando que o mundo ia acabar, e eu criança boba acreditava, além disso, o dia 31 também tava estranho, o céu estava meio plumbeo e caiu a maior tempestade. Como essa teoria de que na virada de milênio o mundo ia acabar era furada, encontraram outra.

Em algumas culturas ancestrais o ano de 2012 é marcado como o ‘apocalipse’ ‘fim do mundo’ ou o início de uma ‘nova era’ melhor que a atual, mais precisamente isso se daria no dia 21/12/2012.

No próximo mês de novembro vai sair nos cinemas o filme ‘2012’, e poderemos saber mais sobre essas teorias. O início de uma ‘nova era’ melhor não é uma idéia ruim, vamos torcer para que se algo for realmente acontecer seja isso, mas eu espero que nada aconteça, eu particularmente não gosto de mudanças drásticas.

PS: O mundo não pode acabar em 2012, porque em 2014 tem a Copa do Mundo aqui no Brasil! É simplesmente inadmissível.

sábado, 22 de agosto de 2009

brother's talk

Hoje eu fui pra escola, fiz oito provas. Cheguei em casa e tava sem inspiração pra escrever aqui.

Fui fazer outras coisas, almocei, meu melhor amigo me ligou, e a gente mora a 1000 km de distância. Fazia tanto tempo que a gente não conversava pra valer, no telefone então, muito tempo mesmo, e foi tão bom. Desde que eu sai de perto de todos eles eu luto pra manter nossa amizade igual sempre, e to conseguindo. E quando meu celular tocou hoje, eu vi o nome dele lá, foi felicidade instantânea. Ele não tava num de seus melhores dias, e é muito satisfatório pra mim, saber que quando ele precisou de alguém pra conversar, ele ligou pra mim. Eu acho importante ser lembrado de que sou importante pra alguém e que precisam de mim, porque eu preciso muito de todos os meus amigos, e ás vezes é bom sentir essa reciprocidade. Conversamos, desabafamos, falamos o que estamos sentindo, tomamos um banho de alívio, e agora estamos bem, fizemos bem um ao outro, e pronto todos ficam felizes!
Eu te amo irmão, to sempre com você.

“We're all of us stars
We're fading away
Just try not to worry
You'll see us some day
Just take what you need
And be on your way”
(Oasis - Stop crying your heart out)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Toca Raul! ;*

Eu não era nem nascido quando ele deixou esse mundo, mas, suas músicas me inspiram, a 20 anos atrás perdemos, um cantor inagualável, um compositor brilhante, uma alma boa, perdemos um músico dos que não se fazem mais hoje em dia.










A Verdade Sobre a Nostalgia
Raul Seixas



"Tudo quanto é velho eles botam pra eu ouvir

E tanta coisa nova jogam fora sem curtir

Eu não nego que a poesia dos 50 é bonita

Mas todo o sentimento dos 70 onde é que fica?

Eu vou fazer o que eu gosto...

Eu vou

Dos 50 bonita-ta

Mas os 70 onde é que ele está?

Por isso a nostalgia eu tô curtindo sem querer

Porque está faltando alguma coisa acontecer

Mamãe já ouve Beatles

Papai já deslumbrou

Com meu cabelo grande

Eu fiquei contra o que eu já sou


Eu vou fazer o que eu gosto

É mãe com os Beatles e o pai falô

Logo então eu fiquei contra o que eu já sou

O rock hoje em dia já mudou,

virou outra coisa

É por isso que eu corto o cabelo

Na curva do futuro muito carro capotou

Talvez por causa disso é que a estrada ali parou

Porém, atrás da curva

Perigosa eu sei que existe

Alguma coisa nova

Mais vibrante e menos triste
Eu vou fazer o que eu gosto

Atrás da curva do perigo existe

Alguma coisa bem mais nova e menos triste"


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

as a gift to me



Ela surgiu do nada, é como se tivesse caído do céu, e caiu mesmo. Graças a sua introsação hoje somos grudados um no outro, eu agradeço a essa ‘qualidade’ dela sempre. Aos poucos foi se tornando muito importante, essencial pra minha felicidade. Ela me anima, me alegra, me diz o que eu preciso ouvir, me fala a verdade, dela eu não espero nada menos do que sinceridade. Tornamos-nos amigos, os melhores e inseparáveis. E eu sempre digo que ela foi e é um presente pra mim, o melhor que eu poderia ganhar, nessa nova fase em que eu estou longe de tudo e de todos, ninguém tão novo na minha vida poderia me dar tanto apoio, amor e me fazer tão feliz. Ela é linda, tem uma personalidade forte, é toda emoção, na verdade, é a emoção em pessoa. Se lhe perguntarem o que ela faz da vida ela dirá: “Eu estudo e faço sucesso”. Pois, eu digo que ela é mais que isso, faz sucesso, tem o poder de cativar a todos, e isso é natural, faz parte do seu ser, ela é culta e brilhante, e ainda uma poetisa nas horas vagas. É fã de Janis Joplin, eu sou fã dela. Temos princípios e ideologias que nos unem, lutamos como podemos para defender o que acreditamos, seja decidindo em quem votar pela primeira vez, ou discutindo e criticando a política através do twitter. Ela me irrita muito, só porque eu morava num lugar onde não tem Mc Donalds, mas eu pago na mesma moeda! Haha
Eu sei que eu amo ela, e quero levar essa amizade pra sempre, ou até onde eu puder, minha Inházinha. (L)



"Mind my own business,
I'm on my journey
And I have enough old friends to keep me company
But you say "Hey what's up?
You Wanna hang out with me?
And kick back, relax, feel happy and lazy"
You're sent to me, one time
You come to me, two times
Why me? three times"
Well abracadabra
I've got a new friend”
(No Doubt - New Friend)

aos amigos


Quando eu estou com eles tudo se completa, se encaixa perfeitamente, é uma forma de mutualismo, ou seja, uma relação obrigatória são meu vício, minha obsessão. Cada um tem seu jeito, uns vão do patamar de loucos e extrovertidos até solitários e dependentes de amor, uns fazem de tudo pra passar uma imagem de forte, até insensíveis, mas por dentro são manteigas derretidas. E assim a gente é, uma mistureba, uma gororoba, somos gente, erramos, acertamos, imperfeitos por natureza. Mas, o que seria de mim sem esses imperfeitos, são eles que me dão motivos para sorrir, me fazem passar as maiores raivas, me fazem chorar, gritar e delirar, e são eles que me fazem viver uma vida de verdade, uma vida que eu invejaria se não fosse a minha. Temos os nossos problemas, e me diz quem não tem? Por exemplo: tem uma idiota que só serve pra te pisar, e eu não sei como, mas sou o melhor amigo dela, e sim eu amo ela, mas tem aquelas toda boazinhas, que te consolam, que te abraçam, e ai tem aqueles amigos, esses ai são o seu melhor contato com a sacanagem, sem eles, hoje eu seria uma criancinha inocente. Assim como eles não precisão de motivos para me bater, eles não precisão de motivos para me abraçar, o simples fato de eu existir e estar sempre ao seu lado é suficiente pra mim e pra eles. Essas pessoas são maravilhosas, são meus maiores presentes, quando estou com esses seres eu me sinto bem, me sinto inteiro, me sinto num lugar aconchegante, esse lugar eu chamo de casa, e essa casa não é um lugar fixo, casa pra mim é onde minha família está, é onde os que eu amo estão, então, é onde vocês amigos estão.