quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

vai lá vô

Apesar dos apesares, que são muitos, você vai fazer falta. Você tinha essa incrível capacidade de me deixar puto, realmente irado, e eu digo incrível pois nem todo mundo consegue fazer isso comigo. Acho que eu ficava assim tão bravo porque eu normalmente retruco com as pessoas em geral, mas você era diferente, tinha todo esse discurso sobre respeitar os mais velhos e te chamar de "senhor", e no final eu acabava dizendo: ta bom vô, o senhor ta certo - o que me deixava muito aborrecido. Agora que você se foi, eu nem consigo te achar assim tão malvado. Seu sacana!
Eu lembro que quando você ficava bem doente, vinha com esse papo de que era tão duro assim comigo porque não queria que eu me tornasse um pamonha. Ai vô, eu nunca serei um pamonha, pode ficar tranquilo. Mas, mesmo assim, obrigado por se preocupar. Ser durão sempre foi uma fachada, no fundo você é uma manteiga derretida, todo mundo sabe que você chorava escondido no Natal quando tava todo mundo aqui reunido, e todo mundo sabe que você teve muito orgulho de nós, e mesmo não sabendo demonstrar, amava muito todos nós. Não é porque você morreu que eu vou sair falando que era a melhor pessoa do mundo, no entanto, você foi um bom homem.
Há pouquíssimo tempo que você se foi, e já é difícil andar por essa casa e não te ver em todos os lugares. E é estranho não estar o tempo todo preocupado com o seu julgamento, acredite ou não, eu estava. Era um orgulho pra mim quando você estava orgulhoso de mim, quando você pedia uma cópia do meu boletim e etc...
Foi barra ver você naquele caixão, não por estar morto, para mim, você estava só dormindo, porém eu sabia que era a última vez que eu veria seu rosto, isso é difícil. E também é difícil falar de você no pretérito. Pra falar a verdade, nesse momento, tudo por aqui está difícil.
Você pode ter deixado todo tipo de herança para todo mundo, mas para mim você deixou a mais importante e algo que eu vou levar para o resto da minha vida, o seu nome. Agora, eu não sou mais o 'xará', eu sou o Oswaldo, o único que ficou.
Até qualquer dia vôzão, um abraço forte, e descansa em paz, aonde quer que esteja. Por aqui, nossa vida continua, levando você no coração.

ps: não se preocupa com a vó, eu vou ficar aqui com ela e vou cuidar dela.

domingo, 16 de janeiro de 2011

novos dias

"O sol se põe se vai

E após se pôr

O sol renasce no Japão"

Amanhã é um novo dia, e ás vezes, nós achamos que sabemos tudo sobre ele. Bem, nós não sabemos nada. Angustiante? Muito! 
Quando hoje é um dia triste, esperamos que amanhã seja, pelo menos, melhor. E quando hoje é um bom dia, esperamos que o próximo seja tão bom quanto. Porém, a verdade é que só podemos esperar. 
Cada nascer do sol, significa uma nova batalha, e por mais que a vida seja o maior de todos os presentes, ela não é fácil, e apesar de demorarmos nove meses para adentrar nesse mundo, podemos sair dele em um piscar de olhos.  
Nós humanos costumamos nos superestimar demais, quando na verdade somos apenas simples seres que não sabem de nada e que não tem controle algum sobre o que nos aguarda.
É fácil dizer "bola pra frente", ouvir, nem tanto, porém, necessário. Superar e aceitar perdas irreversíveis como a morte, são os desafios que temos que enfrentar. Em algum momento nós superamos, a vida sempre vai continuar e o mundo, cruelmente, vai continuar girando . Já aceitar, é complicado. "Era pra ser." Isso não existe, é o tipo de coisa que não dá pra aceitar, no entanto, ainda assim, a vida continua. Agora, o que podemos e devemos aceitar é: Nós nunca vamos mudar o que já foi, o leite que já foi derramado.
Hoje é um dia de luto, mas amanhã é um novo dia. Desse dia que vem, eu espero o melhor, eu só espero. 

É preciso realmente viver, para se estar vivo. Carpe diem.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Eu sinto que eu estou sentindo falta. Normalmente, sente-se falta de algo. Bem, do que eu sinto falta não tem nome ou não existe. É só aquele vazio interno, como se algo estivesse faltando, só não se sabe o que. Saudade do invisível, porém sensível, e ainda assim, saudade.
Eu não sei o que vai ser de mim esse ano. É, na verdade, eu não sei nada sobre o futuro. Sobre 2011 eu sei uma coisa: falhar não é uma possibilidade.