domingo, 30 de maio de 2010

A procura da felicidade

Durante toda a existência, a humanidade vem tentando encontrar a receita para a felicidade, alguns chegaram a dizer que a encontraram, e até a conceituaram. Mas, não é tão simples. Alcançar a felicidade é uma tarefa difícil, no entanto, difícil não é impossível.

Para Aristóteles a felicidade não é um estado, mas sim uma atividade. Os Iluministas acreditavam numa felicidade que só poderia ser alcançada em conjunto, bastava que todos lutassem por uma sociedade justa. O conceito dos sofistas de que tudo é relativo, é o que melhor explica a felicidade, ela depende do ponto de referência, ou seja, cada um é diferente e consequentemente tem desejos incomuns, e alcançá-los traz a tão buscada felicidade.

Qualquer tentativa de decifrar esse sentimento não é válida para todos, mas todos podem explicá-lo para si. Porém, todas as pessoas são felizes em algum momento, acontece que a vida não é um mar de rosas, ocasiões tristes fazem parte dela, e esses momentos são importantes para sabermos quando realmente estamos felizes. Ninguém pode sentir frio sem nunca ter sentido o calor.

O que geralmente acontece, é ficarmos esperando por uma felicidade muito grande durante toda vida e deixarmos de lado as pequenas coisas, como um sorriso, a conquista de um amigo, isso é o que nos faz feliz, ou pelo menos deveria. Não desistir talvez seja o segredo, músicas, filmes e livros estão sempre abordando esse tema, e apesar de muitas vezes serem idealizados, deve-se confiar um pouco neles.

Como tudo na vida, a felicidade é algo mais complicado de se encontrar para alguns do que para outros, mas todos podemos alcançá-la, depende de como se vê e o que se espera da vida. No final poderemos avaliar se fomos ou não felizes, só no final. E enquanto isso, continuamos à procura.

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Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz

(Fotografia - Leoni)

domingo, 16 de maio de 2010

17/05/2010 - 00:30
Como descrever? Eu me lembro de tudo, desde o começo, mas não sei porque eu não consigo transformar "nós" em palavras. Passei alguns minutos pensando e nada me veio a cabeça, só felicidade, acho que é isso que está me bloqueando, é felicidade demais. Portanto me perdoe se eu não conseguir encontrar as melhores palavras:
Foi a um ano e pouco atrás, eu costumo me esquecer como e quando conheci as pessoas mais importantes da minha vida, porém quanto a você eu não esqueci, e eu me lembrarei pra sempre como se fosse a um dia atrás, e assim você é, especial desde o princípio.
Desde então você tem se enquadrado em todas as descrições de amizade, seja a insosa dos dicionários ou a de Drummond, você tem sido a melhor, e como eu sempre disse, como um presente pra mim. Um presente que eu recebo todos os dias quando você abre o seu sorriso. Ah, o seu sorriso é só seu, como tudo em você, é indescritível e inesquecível.
Eu nunca imaginei que um dia, o que está acontecendo agora, aconteceria comigo. A ordem mais comum é que os dois se conheçam, se apaixonem, se tornem companheiros e grandes amigos e no final se amem. Bom, eu te amo bem antes de tudo acontecer. Me tornei seu amigo, o melhor, eu comecei a te amar e agora eu estou apaixonado. Eu repito, tem sido especial desde o princípio.
De agora em diante eu não sei o que vai ser, não vou planejar, talvez pela primeira vez vou fazer as coisas sem pensar no amanhã. Porém meu caro futuro, se assegure de que ela esteja comigo, senão eu nem sei!
Estar gostando assim de alguém é bom. Gostar desse alguém e saber que ele também gosta de você é muito bom. No entanto, gostar desse alguém, saber que ele também gosta de você e ter esse alguém, é sem dúvida, uma das melhores coisas do mundo.
Parabéns pelo seu dia, mas como sempre, quem ta me dando um presente é você. Eu te amo.

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Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
(The Beatles)


domingo, 2 de maio de 2010

Cada um tem a sua Alice


por Marilda Piccolo



A história de “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carroll sempre me fascinou, desde que ganhei o livro quando tinha por volta de 7/8 anos do meu irmão mais velho. Li e reli o livro inúmeras vezes, sonhei em ser Alice e muitas vezes discuti com o Gato de Cheshire sobre os caminhos de minha vida, os caminhos que devemos tomar quando não sabemos aonde queremos ir...

Depois de muito ler Alice, já adulta, concluí que a história era uma metáfora de como uma criança se sente ao chegar à escola: caindo em um buraco sem fim, chegando a um lugar onde há portas grandes e pequenas, vivendo determinadas situações nas quais ela deve ser “gente grande” e outras nas quais deve ser “gente pequena”, devendo acreditar que animais e plantas se comunicam e ir além, devendo conversar com animais e plantas, mas também tendo obrigação de obedecer regras de pessoas malucas e outras nem tanto e – por fim – tendo sempre um coelho branco a lhe dizer: está ficando tarde, muito tarde e você está sempre atrasada!

Agora chega Tim Burton com uma metáfora da metáfora e nos apresenta um país das maravilhas totalmente delirante (mais para o sentido de apaixonante do que para o de desvario), como uma alucinação hipnagógica, sabe daquelas quando estamos acordando de um sonho e ainda não temos a total dimensão da realidade e da fantasia? Pois bem, assim é “Alice in Wonderland” de Tim Burton, bem longe do que Lewis Carrol escreveu, mas nem por isso ruim. Ou talvez justamente ruim porque se afastou muito da metáfora que eu acreditei durante toda minha vida.

Em certo ponto do filme, comentei com meu filho “Acho que todos nessa wonderland consomem drogas deliberadamente para poder suportar a realidade do submundo”. Mas, apesar de tudo, eu gostei do filme, podem acreditar. Não foi a Alice dos meus sonhos, mas foi a dos sonhos dele!

sábado, 1 de maio de 2010

Prefácio ou Prólogo? Capítulo 1 talvez...

Sou um ser confuso, bipolar, incoerente e afins, minhas vontades estão sempre entre altos e baixos e minhas certezas se tornam dúvidas em poucos minutos ou segundos. Incerteza, desnível de sentimentos e indecisão fazem parte de mim.

Essa foi apenas uma introdução para chegar a uma conclusão: ela não merece isso. Ela não é qualquer uma, eu não posso dizer coisas e voltar atrás em seguida, ou me arrepender de ter dito, isso eu definitivamente não posso fazer, eu não deveria fazer com qualquer que seja, mas principalmente não com ela! Acima de tudo, ela faz parte de mim, e eu não posso arriscar perdê-la, mesmo que nunca a tenha por completo. Sua decepção ou desprezo seria o pior castigo, e deixá-la triste seria irrevogável, seria o fundo do poço para mim, e o fim para nós.

O desfecho dessa história só virá a tona quando eu estiver pleno sobre o que eu quero, o que realmente sinto, só quando isso for uma real certeza. Por enquanto eu só deixo por aqui os meus superlativos costumeiros. É complicadíssimo!

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You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

(The Beatles - "Something")