terça-feira, 7 de agosto de 2012

Agora, tudo o que eu queria era ser um desses caras nessa foto da qual você sente falta. Seus amigos. Eu queria ser seu melhor amigo, o maior confidente, de novo. Será que isso é muito pra pedir? Bem, talvez seja.
Isso tudo faz com que eu me pergunte se a máxima "nunca é tarde demais" é só mais uma falácia piegas, ou realmente funciona, na prática.

sábado, 28 de julho de 2012

you're too hard to stay away
too dangerous to stay close

sábado, 21 de julho de 2012

o asco da partida

Vir aqui não é muito saudável, já percebi isso. Mas, ainda assim, é irresistível ver meus amigos, as pessoas que eu amo, esse apartamento, esse quarto. Cada vez que eu vinha eu ia levando um pouco das coisas que ficaram aqui, bem devagar, pra ter algo pra levar sempre. Só que, parece ter chegado o dia no qual não há mais nada para levar, acabaram-se os livros, as roupas, as fotos. Até eles estão indo embora, sobram poucos aqui. Eu tenho medo é de chegar o dia em que eu não tiver nem amor pra levar embora comigo, espero que não chegue. Bom, só sei que agora, é horrível essa sensação de estar me levando embora definitivamente. É claro que eu vou voltar, só que as coisas não serão mais tão minhas, e nem eu serei tão daqui, até esse apartamento estão vendendo. Vida, vida, vida.

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Someday - The Strokes

In many ways, they'll miss the good old days
Someday, someday
Yeah, it hurts to say, but I want you to stay
Sometimes, sometimes

When we was young, oh man, did we have fun
Always, always
Promises, they break before they're made
Sometimes, sometimes

Oh, my ex says I'm lacking in depth
I will do my best
You say you wanna stay by my side
Darlin', your head's not right
See, alone we stand, together we fall apart
Yeah, I think I'll be alright
I'm working so I won't have to try so hard
Tables, they turn sometimes



quarta-feira, 27 de junho de 2012

"Olha a gente entrando nesse elevador, igualzinho há quatro anos atrás!"

A cena pode ser semelhante, mas parodiando Heráclito, as mesmas pessoas não entram no mesmo elevador, pois as pessoas nunca são as mesmas e nem o elevador é o mesmo. Nada por aqui está igual, nem eu, nem vocês, nem o meu quarto é o mesmo. A sensação não é a mesma, se é melhor ou pior, não sei dizer com certeza, não me parece melhor, todavia. A gente não ri mais com a mesma naturalidade, estamos cheios de partes quebradas dentro de nós, entre nós.  Há segredos não mais compartilhados.
Às vezes, sinto como se as memórias do passado fossem as únicas coisas nos segurando juntos, embora isso me pareça um pouco radical. (Vocês não leem o que eu escrevo, anyways)
A amizade continua ai, porém, cada vez mais, parece ser um engano pensar que o tempo torna as coisas melhores. Se sara as feridas, é para abrir outras maiores. We're broken.

terça-feira, 12 de junho de 2012

When I first saw you, I liked you, not because you were beautiful (believe me, you are), but because you seemed beautiful, inside. I'm fully attracted to you, with my heart and soul, and it is a pity that you see me as a friend and nothing more, or maybe, I'm just not enough, for such spotlighted eyes and such a brilliant soul. Belle.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Têm essas coisas que eu sinto e penso, mas não falo, por medo de trair, contradizer, o "eu" que criei, mas na verdade, já fui, não sou mais, ou só quis ser. Me descrevo o maior dos racionais, quando sou o maior dos sentimentais. Sou um hipócrita criticando a hipocrisia. Em minha defesa, sou o menor dos hipócritas, o que ainda me confere o direito de apontar o dedo e dizer: hipócrita! Apesar de não querer ser, e ainda, ás vezes, subir ao topo do egocentrismo achando que não sou, eu sou um mero mortal.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Enigma da Esfinge

Eei, você ai! É, tu mermo, moça bonita que roubou, devolveu e depois roubou de novo meu coração.
Me diz como é que faz pra ser assim, que esse modelo seu eu quero copiar e mandar patentear.  Bonita, bonita demais. Como tu consegue, é um mistério, mesmo quando não tem mais nada pra dar, de algum jeito, ainda tira amor, não sei da onde, pra me dar. O que é que eu tenho pra merecer isso? O que é que eu tenho pra merecer você? Mereço? São  algumas de minhas dúvidas. Então, me deparando com essas questões, eu tento dar pra ti o que mereces, mas, é um tropeço atrás do outro nessa missão. E minha cabeça? Só atrapalha. Quem dera eu saber decifrar as mensagens criptografadas do meu coração. Ai que eu descobri  que se eu não sei, você sabe. Você sabe que eu sei que você sabe compreender que eu estou falando uma coisa, porém, estou sentindo o contrário. E você sabe muito mais, você sabe quando o meu sorriso é só disfarce, só você sabe. Eu sou a esfinge que você conseguiu passar pra trás, decifrou-me, contudo, eu nunca te devoraria.
Mesmo com todos os paradoxos que compõem esse "nós", mesmo com toda a minha confusão, que no final das contas, é quase tudo o que eu tenho pra oferecer, há amor, sempre, amor de amigo, amor de amor, amor de raiva, amor de tudo. Nós podemos nunca mais estar juntos, nós podemos amar mais outros que virão no futuro, afinal, presos nós nunca estivemos, mas é amor o que sempre seremos, um que nem você, nem eu, nem ninguém, nunca conseguirá definir, não há palavra no dicionário, e é por isso que uso essa palavra de vago sentido. 
Hoje eu te ofereço esses simples dizeres, meu bem, minha amiga. Blue Valentine.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

regressos

Posso até reaparecer, tê-los por um ou dois dias, algumas horas, amargas e doces. Contudo, a verdade é que eu não sou mais parte do todo, tento disfarçar e eles mais ainda, todavia, temo chegar a hora em que se tornará algo forçado. E pior ainda, está chegando o dia em que nenhum de nós estará lá, sendo assim, os encontros em que todos estiverem serão uma possibilidade utópica.
Nos dois lugares que estive, eu enterrei caixas cheias de lembranças, no primeiro, literalmente, no segundo, metaforicamente. De um modo ou de outro, aparentemente nós nunca poderemos estar todos juntos para resgatá-las. Bem, tudo dentro delas acaba sendo corroído pelo tempo, pela chuva e pelo vento, então, se algum dia decidirmos desenterrá-las, possivelmente não estarão mais lá. Voltar no primeiro, é, sinceramente, como visitar um cemitério. Regressar ao segundo está longe de ser assim, e eu espero que desse modo fique. Entrementes, refletir me leva a notar que chegou o momento de desencalacrar-me dos tempos idos. Meu presente é aqui, meu futuro provavelmente será.

terça-feira, 27 de março de 2012

hey rock'n'roll friend i used to have


É tão estranho. Alguém com a qual você costumava ter tantas coisas em comum, compartilhar tantos sentimentos, meio que um apoio diferente do seu grupo de amigos usual. Algumas amizades são desgastadas pela convivência - ou pela falta desta. Ou, ainda, talvez, nunca tenham sido tudo aquilo que se imaginava. Essas amizades perdidas pelo caminho, são como o tempo, parecem não voltar mais, nunca mais. É que são tantas pequenas decepções, pensamentos que não deveriam ter se transformado em palavras, um "vai se fuder então!" que acabou saindo em  um momento boçal, por exemplo. Então, ficam tolamente um tempo sem se falar, depois vão voltando aos poucos, mas já não é mais a mesma coisa, até que, hoje, não conseguem manter uma conversa por cinco minutos e acabam arrumando uma desculpa pra sair dela antes que se transforme em um silêncio embaraçoso - that awkward moment. Todavia, olhar para aquela pessoa, dá uma sensação saudosa, e apesar de tudo, nunca ruim. É como olhar para um objeto belo que fazia parte da sua mobília e quebrou, sumiu, nunca se sabe... Aos poucos, passa a considerar meus amigos "mente pequena" demais, e era assim que eu supostamente estava me tornando; começa a pensar e insinuar que o que eu falo, faço e digo que gosto é pelo simples motivo de eu ser um "poser"; na verdade eu não gosto de boa música, bons filmes, bons livros, não acredito no que sai da minha boca e só quero pagar de cult; eu paro de segui-la no Twitter e assim vai. Dilemas da vida moderna. O pior é que tem tanta coisa que eu queria  contar, tanta gente pra ridicularizarmos juntos, e pior ainda, agora nós nos ridicularizamos.

Quiçá, tudo o que nós precisamos é de uma boa cerveja - como nos velhos tempos -, uns bons xingamentos ditos cara a cara; uma caçoada porquê eu não entendo nada de futebol, e, da minha parte, dizer que ela é uma magra esquelética que vai ser carregada pelo vento; um abraço no final; e possivelmente estaremos bem.

Caso isso não ocorra, tenho certeza que só desejamos um ao outro o melhor da vida.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Escrevi esse texto há cerca de um mês, tava me sentindo que nem lixo, contudo, as coisas mudaram pra caramba, minha visão se transformou, agora eu vejo tudo diferente, meus desejos mudaram e não há arrependimentos. Mas, foi um período longo e marcante, merece ser compartilhado. (27/03/2012)

Posso dizer que sou racional e tudo, mas eu idealizo demais. Isso que é foda, eu passei três anos da minha vida esperando pelo dia que iam jogar tinta na minha cara, raspar minha cabeça e iria ser o dia mais feliz da minha vida, "uma emoção singular". Eu queria estar orgulhoso de mim, por ter conquistado alguma coisa, e eu realmente queria que as pessoas me olhassem e pensassem: porra, que cara foda. Mas, não. Eu nunca conquistei nada de realmente importante, não algo para o qual eu tenha me esforçado. Eu to em uma boa universidade, eu sei disso, mas entrar lá foi tão fácil como dar um passo. Eu dispensei Unesp, tipo, quem faz isso? Será que eu fiz o certo? Vai ser o ''e se'' eterno da minha vida. Eu fico vendo todos ao meu redor comemorando sua aprovação, realmente felizes, ou outros lutando para serem aprovados. E eu? Eu já to na faculdade, a hora de ser feliz já chegou, mas felicidade, cadê você?? Meus sentimentos vão de tristeza a apatia, no máximo. Quando eu não estou me lamentando, eu simplesmente não estou sentindo nada, mesmo que a beleza esteja explodindo à minha volta. Autopiedade, isso eu sinto bastante. 
O fato é, eu e todo o resto me superestimaram demais, nós esperávamos de mim mais do que eu teria de força ou capacidade, e é isso ai, ta na hora de encarar minha mediocridade. Capacidade? Talvez eu até tenha, mas falta grana e coragem pra encarar um cursinho. 
Acho que me proporcionaram por muito tempo a vida em um mundo que não era o meu, e agora, esse tempo acabou e eu estou tendo que aprender a andar sozinho nesse outro mundo que eu não conheço. Se essa vida não melhorar, eu vou querer muito voltar para as minhas equações de física e simples preocupações com a prova do final de semana, e assim, no caminho pra ficar preso ao passado.
Eu penso demais e não fico contente com pouco. Hemingway disse que pessoas inteligentes raramente são felizes. Eu abro mão da minha inteligência, mas me dá um pouco de alegria. Abro mão, será?
Minha mãe diz que eu sou ateu por conveniência. De fato, não ir a Igreja aos domingos e não me sentir culpado por isso é muito conveniente. Porém, acreditar que as coisas vão melhorar, ter alguém para pedir e depositar suas esperanças e ter fé que tudo vai dar certo no final, me parece bem mais conveniente. Bem, esperança é uma coisa que ta em falta na minha prateleira.
Eu sou, hoje, um quarto quase vazio.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A Felicidade não existe!

Sempre me perguntei se era feliz. Ultimamente, tenho percebido que não, não sou. Contudo, por incrível que pareça, isso não é ruim. Percebi que a felicidade não é um status, ela é um momento, um estado instantâneo, aquele no qual a alegria atinge seu ápice. Já, momentos felizes, tive vários.
Essa é grande questão da humanidade no século XXI. Nós estamos sempre procurando, com nossas ingênuas ações, atingir um estado permanente de felicidade que é meramente ideal e absurdo. Nesse meio tempo, perde-mo-nos nessa busca e deixamos fugir a capacidade de enxergar o que é singelo, simplesmente porque não é espetacular. A incapacidade de estar satisfeito, tornou-nos boçais, desprovidos de sensibilidade.
Por outro lado, muitos vivem vidas vazias e criam todo um teatro para fingir felicidade, uma espécie de camuflagem contra si próprio. Bem, muitos foi um eufemismo.
A felicidade não é, ela está. Assim sendo, nunca será de ninguém, mas sempre estará com alguém.

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Só enxergo o que eu não posso ter, mas se qualquer dia eu conseguir,
Vai perder a cor, desaparecer, como tudo que me fez feliz
A beleza explode ao meu redor, um milagre novo por segundo,
Facas e maçãs, luzes sobre nós e os detalhes que revelam o mundo

Mas tudo passa depressa
Só o que é novo interessa
40 dias no espaço, em algum planeta deserto,
Talvez de lá eu consiga voltar a ver o que eu não vejo de perto.

Leoni - "40 Dias no Espaço"