sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

sadness is my best friend tonight

E quem foi que disse que com o passar do tempo, as coisas se vão? A saudade não é abafada pelo vento que voa, pelo sol que amanhece e entardece ou pela mudança das estações, e nem é arrastada pela chuva que escorre na minha janela.
A tristeza é varrida para de baixo do tapete, mas todos nós sabemos que ela continua lá, escondida, e ela não é água que evapora, como o pó, ela continua entre nós. E quando um vento mais forte agita as cortinas, os tapetes e sopra a antiga mobília, o pó levanta para o ar, e é impossível que ele não nos contamine o pulmão e se propague, infecciosamente, pelo corpo inteiro. Em certo momento ele é expelido de nosso corpo, volta para seu  esconderijo usual, porém, quando o vento novamente soprar, tudo se repete. A luta entre os opostos, tristeza e felicidade é um círculo vicioso, não acaba. No momento de transição entre os opostos - o mais duradouro - nos acomodamos, beiramos a apatia.
Estamos a todo tempo implorando por verdade e sinceridade, está ai, uma verdade indubitável, nos acomodamos entre o triste e o feliz. A verdade é agradável? Nem sempre.

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