quarta-feira, 6 de abril de 2011

impassível, apático, uma vida sem gosto, ou com gosto de azedo

Sabe quando você não se sente feliz, e nem vê nenhuma perspectiva de mudança aparente? Pois é.
Nem sei explicar, ou sei, não sei, vai saber... Parece que quando tudo deveria estar perfeitamente organizado na minha cabeça, na verdade está um perfeito descompasso. Quando deveríamos estar mais unidos do que nunca, estamos mais separados do que já algum dia estivemos. Isso me faz pensar, que nada que eu fiz até hoje valeu a pena. Sinto que eu andei 17 anos por esse mundo, e foi/tem sido em vão, aliás, se ainda eu tivesse andado, fiquei parado. Esse não é o maior problema, o pior é pensar que eu posso continuar imóvel. Me sinto um espectador da vida, de uma que nem é assim tão interessante. Estou com medo. Tenho medo de - novamente - ir embora e de novo me despedir, e, paradoxalmente, ao mesmo tempo sinto medo de não ir embora, o que significa que eu falhei. 

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É simples a ideia de deixar a tristeza, nostalgia e todas essas sensações que me travam, para trás. Porém, nem toda ideia simples pode facilmente deixar de ser abstrata para tornar-se concreta. O mesmo acontece com pensar em recomeçar, dessa vez sendo um protagonista. Coitado de mim, confesso que me superestimo, me vejo sendo muito diferente de todo o resto, quando na verdade, sou tão comum como qualquer outro, talvez mais comum que a maioria, e até mais apático, vivendo impassível em um mundo piegas.
Isso pode parecer só 'poetic bullshit', e nem isso é, tire a palavra 'poetic' e teremos o que realmente é.

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